domingo, 27 de abril de 2014

Uma história (parte 2)



Olá gente, a continuação daquela super história para vocês:

“ O choro não parava e a dor só aumentava, ouviu batidas na porta e do outro lado a voz de Ryan

— Lia, abra a porta, vamos conversar, por favor.

— Eu não quero falar com você Ryan! Deixe-me em paz! – ela gritava em voz de choro.

Liana andava de um lado para o outro pelo quarto. Definitivamente não queria mais viver. As mãos agitadas enxugavam as lagrimas e logo depois se formavam em punhos. Ela parou em frente ao espelho e ficou olhando fixamente seu reflexo e num ato involuntário socou o vidro que se estilhaçou inteiro, olhou para a mão ensangüentada sem sentir dor alguma, olhou para os estilhaços de vidro espalhados pelo chão sem ter reação. Porque ela havia feito aquilo? Nem ela própria sabia. Desde a última crise havia tomado os remédios regularmente, mas nas últimas semanas com toda essa confusão havia se esquecido de seu tratamento. Sua mente estava um caos, estava entrando em uma crise depressiva.

Ryan, do outro lado, tentava de todo modo abrir a porta. Já havia ligado para o psiquiatra de Liana, e chamava por ela sem obter respostas. Tinha medo de que ela fizesse algo louco, sabia que ela não estava em seu melhor estado mental. Desesperava-se cada vez mais, mesmo não sendo mais seu namorado ainda queria vê-la bem. Quando ouviu os ruídos do vidro se estilhaçando pensou em infinitas possibilidades, ela poderia pensar em se matar e a culpa de tudo isso era dele.

Liana se sentou na cama com as mãos na cabeça. Em sua mente alucinada assistia a cenas onde via ora Ryan e ela em momentos felizes da vida dos dois, ora ele ao lado de Mileny e isso só dava-a cada vez mais motivos para querer morrer.

Ela se levantou e, sem pensar, se dirigiu lentamente ate a janela aberta. Debruçando-se no parapeito, encarou o chão com uma expressão vazia. O apartamento de Ryan era no 8° andar do edifício Pisquien, não ficava numa rua movimentada e nunca havia muitos caros nem muitas pessoas na rua.  Sua cabeça girava e seus pensamentos não eram mais lúcidos pra ela própria, era quase como se estivesse em um transe hipnótico.  O chão lá embaixo, a cerca de 25 metros , a atraia como se quisesse que ela pulasse para a morte.

Ela se sentou no parapeito com olhar voltado para a porta. Houve um estrondo quando a porta finalmente cedeu aos esforços de Ryan. O psiquiatra de Liana adentrou o quarto juntamente com Ryan que só teve tempo de ver o olhar melancólico e frio da garota, uma ultima lagrima escorreu de seus olhos e ela sorriu para ele antes de se jogar para trás e despencar da janela aberta.

Liana sentiu a sensação de queda livre, era maravilhoso e assustador ao mesmo tempo. Acordou de sua paranóia segundos antes de atingir o chão, então fechou os olhos e sorriu apenas aceitando sua própria morte.

O dia estava escurecido desde o amanhecer, parecia até que os céus sabiam que hoje seria um dia triste. Agora uma leva chuva caía do céu acinzentado, como se ele chorasse pela morte de mais um pequeno anjo. No asfalto molhado, o corpo de Liana Summers rodeado por uma poça de sangue vermelho escuro, suas roupas claras estavam manchadas, em seu rosto, um sorriso, como se dissesse que para ela estava tudo bem agora. “

O que acharam do fim? Eu me assustei (#confesso). Apesar de tudo é uma excelente história ao meu ver.

Um super obrigada duplo (meu e da Larissa) à todos que leram até o fim!! Em breve teremos mais historinhas (=

Beijoos, sucesso!!

By// A. B. Bernardes


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